A CULPA
Não, o divã não me curou.
O mundo ainda pesa.
Pra culpa, não cabe reza.
Minha imperfeição é perfeita.
A tarja, ainda é preta.
Meu controle é controlado.
Meu olhar, olha pro lado
Enxergo, o rejeitado...
Querer consertar o mundo
Destrói cada parte minha.
E vem sorrateira, a culpa...
Coroar-me, sou Rainha.
A CULPA
Não, o divã não me curou.
O mundo ainda pesa.
Pra culpa, não cabe reza.
Minha imperfeição é perfeita.
A tarja, ainda é preta.
Meu controle é controlado.
Meu olhar, olha pro lado
Enxergo, o rejeitado...
Querer consertar o mundo
Destrói cada parte minha.
E vem sorrateira, a culpa...
Coroar-me, sou Rainha.
Não, o divã não me curou.
O mundo ainda pesa.
Pra culpa, não cabe reza.
Minha imperfeição é perfeita.
A tarja, ainda é preta.
Meu controle é controlado.
Meu olhar, olha pro lado
Enxergo, o rejeitado...
Querer consertar o mundo
Destrói cada parte minha.
E vem sorrateira, a culpa...
Coroar-me, sou Rainha.
By Renata Vanessa
Abel Capela
Naquela garagem construí meu escritório.
Naquele escritório, construíram um prédio.
Naquela casa, a vida era bela...
Eu ia e voltava pela Abel Capela.
Galinha ensopada, pirão de feijão.
A criançada brincava de policia e ladrão.
A Vó conversava e ensinava a amar...
O Vô gostava da vida no mar...
A vida? Ainda é bela...
Mas jamais terá o mesmo rosto
o mesmo gosto...
o mesmo gosto...
Da vida, na Abel Capela.
Guardo tudo na Memória...
Sento, por vezes, invento.
Abro a janela... do pensamento.
Relato pra minha avó
Que a vida foi... e ainda é bela!
E recordo, com emoção...
Abro a janela... do pensamento.
Relato pra minha avó
Que a vida foi... e ainda é bela!
E recordo, com emoção...
O que o Alzheimer...Tirou da dela!
By Renata Vanessa
By Renata Vanessa
O Saber
As vezes a gente não sabe que sabe!
As vezes a gente finge que sabe...
As vezes a gente pensa que sabe.
As vezes a gente prefere não saber...
As vezes a gente sabe o que ninguém sabe.
As vezes todo mundo sabe menos você.
As vezes a gente só saberá após morrer...
As vezes após morrer, só a gente sabe.
Quem sabe?...
By Renata Vanessa
Acabou
O nosso amor morreu
Tentamos salvá-lo, mas não deu.
Somos cúmplices sem álibi
De um caso mal resolvido
E o matamos, pouco a pouco...
Causa morte, desnutrido!
By Renata Arcênio
Ouça
Compus uma canção sem som
Sem tom, sem melodia ...
Gravei e mandei lhe entregar
Para ouvires a dor que eu sentia.
Faltou teu solo, falta o meu solo...
Falta o acorde de bom dia!
Compus uma canção sem Sol
Sem nota, sem partitura
Pois metade de mim, é vento
E a outra parte, é tua!
By Renata Vanessa
Volta ao Ventre
Oh solidão que me absorve totalmente
a minha pele exala a dor, a dor que sente
afogo a mágoa no abissal da minha taça
embriagando-me em nepentes
E no silêncio ao ver-te ausente
enxergo a dor, além da cura
e me deparo frente a frente
com a lucidez e a loucura
Tento fugir, voltar ao ventre
me aninhar em peito amigo
ser embrião, corpo presente
retrocesso, pulsativo!
E no decurso dessa história
não sei ser forma ou figura
ser palavra, frase, grafia
criador ou criatura!
By Renata Vanessa
Desejo
Espero e quero
Que tudo esteja certo
Que o sono tenha sido bom
E que o dia tenha sido terno
Que a vontade de querer mais
Não dissolva em teu caminho
Nem que o calor da tua mão
Congele sem meu carinho
Que as esquinas das tuas horas
Cruze a reta da minha estrada
E que a luta da tua vida
Seja flor! Não seja espada!
E que a pedra da tua história
Seja brilho de diamante!
E que a saudade do teu desejo
Seja de pele! de paz! De amor! De amante!
E por fim penso em sorriso,
De beleza profunda e inata!
E por sorte de um reencontro...
...Um beijo, um toque!... Renata!
By Gil (meu marido)
Avesso
Às vezes quero ser
Exatamente tudo o que não sou.
E num regresso em frente à penteadeira
Entrego a ela o que me maquiou.
E ao despir, me desfazendo inteira
O espelho espelha tudo que restou.
Reflete nua a imagem descoberta
Sinto-me incerta ao ver o que ficou.
Bate a saudades do que me permeia,
Recolho tudo sobre a penteadeira
E volto a ser exatamente quem eu sou.
E pouco a pouco visto a fantasia
Me torno a mesma, mas não tão vazia!
By Renata Vanessa
By Renata Vanessa
Se me sentires
Quero fazer-te feliz, e ao te ver feliz,
Feliz estou...
Quero ser feliz, ainda que minha felicidade,
Perpasse pela tua.
Espero poder cruzar-te, em cada rua...
Pra me sentires sou vento,
Farei da minha face, lua
Apenas não me apresento,
Como uma parte tua...
By Renata Vanessa
Beijo
Tantas e tantas vezes te beijei
Mas agora já nem sei
Se a boca que beijei, de fato eu desejei.
Eu sempre tento e caio nesta sina
Quando ta bem, vira rotina.
Quem sabe a gente tenta, faz um acordo
De se perder e se encontrar de novo
E lá frente, talvez a gente
Se beije de um jeito diferente
Ou quem sabe em outra boca
Encontre um beijo, bem mais ardente!
By Renata Vanessa
Do nada
Surgiu do nada
Do nada ressurgiu
A porta que a muito fechada
Ao seu toque ela se abriu
Entra, não pensa , não pede licença.
Carrega, me leva, pra qualquer lugar
Pro banho gelado, pra água do mar...
Não paro, não falo, tão raro!
Me entrego ao desejo, um pouco inibido
do beijo roubado, ou melhor, pedido.
Vem sem medo! repousa em meu leito...
Esquece a ansiedade, que retarda o efeito...
Ando, paro, penso, deito.
Saudade Sua...
Você esta em tudo, até no nome da rua
Agora vem... fecha a porta e deita.
By Renata Vanessa
By Renata Vanessa
(Re) inventar
Não quero que seque a fonte...
Desejo que teu beijo, sempre me encontre
Pre’u me perder em você.
Se o calor esfriar, a mobília desbotar
E a lembrança adormecer...
E a lembrança adormecer...
Ainda assim é possível
Eu me prender em você.
Eu me prender em você.
Por tudo o que passamos
E o que há de ser...
E o que há de ser...
Compro de novo, o que há de novo
Transformo calor em fogo
Transformo calor em fogo
Pra você não me esquecer.
E eu? Eu do meu jeito te envolvo...
E a gente volta a viver!
E a gente volta a viver!
By Renata Vanessa
Assim sem mais nem porque, a sala esta vazia.
A aquarela, já não pinta a tela.
A casa esta cheia de saudades...
A casa esta cheia de você.
Assim sem mais nem porque, em meu ouvido ecoa...
Estou cheio de você.
By Renata Arcênio
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